Controlo Fitossanitário no Olival – Pré-colheita 2023

É opinião corrente, pelo menos no meio relacionado com o perímetro de rega de Alqueva, que o olival é cultura de eleição, mesmo num possível cenário em que os consumos de água, para uso agrícola, tenham de ser encarados com rigor reforçado.

É verdade que as necessidades hídricas são consideravelmente inferiores às de outras culturas com áreas já consideráveis, nomeadamente as amendoeiras.

Muito pela grande e grave seca que assola Espanha, nomeadamente a Andaluzia, mas não só, os preços do azeite estão em níveis que ninguém previa, situação que ainda pode acentuar-se. É, pois, “exigível” aos agricultores que estão a utilizar a água disponível, que se esmerem na condução das culturas que trabalham, de forma a maximizarem os resultados, dentro do sempre indiscutível equilíbrio. Estamos no último mês de Verão e, portanto, a aproximar-se o início das colheitas.  Como temos indicado em anos anteriores e mais não fazemos do que a nossa obrigação, é importante lembrar a necessidade de se intervir, como salvaguarda da melhor qualidade das anunciadas colheitas.

Ao nível das doenças e em condições normais, devemos dar o maior foco ao Olho de Pavão (Spiloceae Oleaginosa) e à Gafa (Collectotrichum spp.). São doenças conhecidas de todos, mas que nem todos são capazes de controlar com as necessárias eficácia e eficiência. São doenças que podem comprometer a próxima colheita, mas também as colheitas seguintes, se não forem devidamente acauteladas, ou, se tal não for possível, atempadamente debeladas. As soluções são diversas, mas devem ser bem utilizadas.

Quanto a pragas, mormente nos olivais em produção, é a Mosca da Azeitona (Bactrocera oleae Gmel), que mais nos deve preocupar. Muitas são as “armadilhas” de monitorização espalhadas pelo campo, pelo que as informações estão ao alcance de todos, de forma a intervirmos atempada e oportunamente.

A par de intervenções atempadas, cuja oportunidade podemos indicar aos agricultores que aceitem o nosso aconselhamento, urge assegurar a opção pelas melhores soluções, para que garantam as melhores eficácia e eficiência acima referidas. Vamos escolher produtos autorizados para esta fase do ciclo vegetativo e de entre eles, os que mais provas têm dado, na salvaguarda dos interesses dos agricultores.

Como sobejamente referido, estamos a abordar a protecção sanitária de olivais maioritariamente irrigados, dos quais esperamos as melhores e maiores produtividades, sendo aqueles com um mais elevado nível de exigências, também ao nível nutricional. É, pois, importante, que de igual modo, dediquemos a maior atenção à fertilização, aproveitando as intervenções fitossanitárias para se corrigirem eventuais carências e se aportar à cultura o que sabemos que vai ajudar à obtenção dos melhores resultados.

De tudo o que foi dito, nunca deve ficar a ideia de que os tratamentos têm de ser feitos agora ou mais logo. Os tratamentos devem ser feitos se e quando necessários. Importante é a definição da oportunidade e das soluções a utilizar. Para tanto, muito aconselhamos uma visita prévia aos olivais a tratar, por técnicos devidamente qualificados e competentes, que recomendem as melhores soluções para cada situação concreta. Só assim, garantimos as melhores práticas agrícolas e o mais adequado controlo.

Essa é a nossa tarefa!         

Perante eventuais dúvidas, conte com o nosso aconselhamento!

 
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Prudência na utilização de recursos.